quinta-feira, 21 de abril de 2011

Dilma: Reforma do Conselho de Segurança da ONU não é um capricho do Brasil.

Durante um evento de formatura de diplomatas em Brasilia,Dilma enfatizou a importância da reforma do Conselho de Segurança da ONU,  tendo em vista a realidade do mundo atual e que não aceitam mais políticas imperialistas.
Durante a visita de Obama ao Brasil,o apoio por um acento permanente ficou vago.Mas foi no encontro dos BRICS que essa ânsia por uma reforma ganhou impulso.


“As instituição internacionais de outrora, senhoras e senhores, se tornaram obsoletas. A governança econômica global herdada no século passado, sucumbiu a crise financeira de 2008 juntamente com o dogma da infalibilidade dos mercados financeiros. O G7 foi deslocado pelo G20 na discussão das saídas para a crise e na condução das reformas que aumentaram o poder de voto dos países emergentes no Fundo Monetário Internacional e no Banco Mundial. Mas há muito que fazer. Há que reformar esta governança e dar à ela representação que os países emergentes tem hoje no cenário internacional.
No momento em que debatemos como serão a economia, o clima e a política internacional no século XXI, fica patente também que, do ponto de vista da segurança, a ONU também envelheceu. Os eventos mais recentes nos Países Árabes e no norte da África mostram uma saudável onda de democracia, que desde o seu início apoiamos. Refletem também a complexidade dos desafios dos tempos em que vivemos. Lidamos com fenômenos que não mais aceitam políticas imperiais, certezas categóricas e as respostas guerreiras de sempre.
Reformar o Conselho de Segurança das Nações Unidas não é, portanto, um capricho do Brasil. Reflete a necessidade de ajustar esse importante instrumento da governança mundial à correlação de forças do século XXI. Significa atribuir aos temas da paz e da segurança efetiva importância,mais do que isso,exige que as grandes decisões à respeito sejam tomadas por organismos representativos e por essa razão mais legítimos. A defesa dos direitos humanos, desde sempre e mais ainda agora está no centro das preocupações de nossa política externa. Vamos promove-los e defende-los em todas as instâncias internacionais sem concessões, sem discriminações e sem seletividade, coerentemente com as preocupações que temos à respeito do nosso próprio país."      



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